Filme: É assim que acaba


Filme: É assim que acaba
Título Original: It Ends With Us
Duração: 2 horas e 10 minutos
Gênero: Drama, Romance
Lançamento: 8 de agosto de 2024
Nota: 4.5 de 5
Baseado no livro de mesmo nome de Colleen Hoover publicado pela editora Galera Record

Eu, literalmente, acabei de assistir esse filme e estou em prantos. Não achei que fosse gostar tanto do filme, mas a verdade é que eu AMEI de verdade. Se você não sabe do que se trata, calma que eu vou te atualizar. Esse longa é baseado em um livro que foi um fenômeno de vendas chamado É assim que acaba da autora Colleen Hoover e depois de um tempinho FINALMENTE temos a adaptação em forma de filme. Antes, de eu escrever todas as minhas ressalvas vamos pra sinopse geral do longa ?


Lilly Bloom está recomeçando sua vida em Boston, quando seu sonho finalmente se torna realidade e ela consegue abrir sua tão sonhada floricultura. Não demora muito para que ela conheça Riley, um charmoso neurocirurgião que parece perfeito e a encanta desde o começo. Mas, conforme eles vão se envolvendo Lilly descobre que Riley tem um lado violento que ela não conhecia e isso traz a tona traumas de infância que ela jurou deixar pra trás. E enquanto se vê dividida sobre o que fazer, Lilly acaba se reencontrando com seu primeiro amor Atlas. As chamas do amor intenso e adolescente se reacendem e Lilly percebe que terá que decidir que tipo de vida quer levar. 


Eu já fiz a resenha desse livro aqui no blog, mas já faz um tempo que li o livro então minha opinião será mais baseada somente no longa e sem muitas comparações. Desde que a adaptação foi anunciada, muito se falou sobre a escolha dos atores, as cenas que iam pro longa, sobre idade, caracteristicas fisicas e outras coisas. Mas, sabe-se que sempre que é anunciado que um livro será adaptado para filme ou série é difícil agradar a todos os leitores que leram a obra. E em questão de adaptação, temos a ciência de que muitas coisas quando levadas pro longa tem que ser modificadas porque simplesmente não funcionam como funcionariam sendo somente escritas. Diante disso, não tenho muitas ressalvas com relação a escolha dos atores. Não me incomodei com nenhum deles, e consegui ver cada um em seu personagem do jeitinho que é no livro. 


Gostei muito de como o filme foi adaptado em relação ao passado de Atlas e Lilly. Eles souberam explorar e colocar essas informações nos momentos certos e objetivamente fazendo como que tudo fluísse uma maneira muito atual. Senti a mesma coisa com as passagens de tempo. Achei ela muito leve sabe? Muito natural. Não é preciso verbalizar que o tempo se passou e eles já estão casando ou tendo filhos o filme deixa o tempo passar de uma forma muito simples e eu gostei disso. Como eu disse, eles souberam dosar de uma forma muito delicada o drama do livro que tem como ponto forte uma questão muito delicada que é a violência doméstica. O fato da pessoa dizer que ama aquela pessoa e mesmo assim machuca-la dói muito.


 O que mais me impressionou na questão foi como o Ryle mudava de humor rápido quando tinha ciúmes da Lilly ou se descontrolava emocionalmente. Ele mudava de uma hora pra outra. É assustador ver que ele em minuto estava conversando e no outro estava machucando ela e tentando convence-la de que foi um acidente. As nuances foram bem delicadas e os momentos de agressão também. Acredito que tenha sido intencional, pois com momentos delicados como agressão as coisas podem demandar um certo cuidado. E neste longa conseguiram fazer isso com perfeição. As violências estavam lá  e atuação incrível da Blake Lively faz com que as coisas ficam ainda mais doídas sabe? A química dela com o Atlas ou o modo como eles se olham é realmente apaixonante. 



Eu senti um pouco de pena de ver o Atlas em pouco tempo de tela. Queria mais momentos deles dois juntos. Queria ter visto um beijo. Queria ter sentido mais. Mas, saber que as coisas foram muito bem retratadas e que a maioria das coisas presentes no livro estavam lá me deixou aliviada. Eu senti os mesmos sentimentos de quando li o livro. Quis abraçar a Lilly. Bater no Riley. Amar o Atlas. É um filme sensível que se preocupa em trazer um assunto tão importante de uma forma mais delicada, mas sem retirar toda sua importância. E que nos faz refletir que mesmo tentando escapar dos nossos traumas, muitas vezes somos atraídos por eles sem nem perceber. Tudo que a Lilly não queria era um relacionamento como os dos pais dela e ainda assim ela conseguiu atrair um cara que fazia o mesmo com ela. Isso chega a ser reflexivo. Há certos padrões que precisamos quebrar ou seremos reféns dele pra sempre. E isso dói demais. 


O filme é definitivamente lindo. Se você estiver triste, recomendo que não assista pode te deixar ainda mais emotiva. Se você é fã da história creio que se sentirá satisfeita. Se você não leu o livro, pode querer ler e esse filme pode entrar na sua lista de favoritos. Eu amei a experiência e aguardo ansiosamente pela continuação que já tem livro publicado aqui no Brasil hein?


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