Especial Mindhunter: Conhecendo os seriais Killers que inspiraram + Resenha

 

Sou meio suspeita pra falar dessa série, porque quem me conhece sabe que eu simplesmente AMO séries policias ou de suspense que envolvem investigação, assassinatos e etc. Mindhunter entrou pro top das minhas favoritas de longe. Até que demorou pra falar dela aqui no blog, já que as 2 temporadas são igualmente incríveis. Você não sabe do que eu to falando? Calma, que eu te explico. Mindhunter gira em torno de dois agentes do FBI Holden e Bill que estão tentando instalar o estudo de psicologia comportamental dentro do FBI para compreender assassinos perigosos e evitar que novos casos aconteçam. Enquanto entrevistam criminosos conhecidos por seus crimes, massacres barbaros e outras coisas os parceiros tem que lidar com seus próprios problemas.


Mindhunter me conquistou logo na primeira temporada. E pareceu conquistar boa parte do público também. Logo depois, a série foi renovada para a segunda temporada e apesar de a crítica ter aceitado bem, a Netflix acabou dando um passo pra trás e pausando a produção de uma possível terceira temporada por conta dos números de audiência dentro da plataforma que não foram tão significativos para a Netflix. Apesar de ter como foco principal dois agente dos FBI interrogando assassinos convictos, ambos passam por experiencia pessoal e tem focos diferentes nas duas temporadas.  O que mais me impressionou nessa série foi o fato de os atores serem MUITO parecidos com os assassinos da vida real e a atuação entregue que todos fizeram para dar vida a essas pessoas. Na primeira temporada, observamos um Holden mais focado em compreender as motivações por trás dos assassinatos dos famosos seriais killers e traçar perfis comportamentais através de seus depoimentos. Uma das atuações que agradou bastante na primeira temporada foi  Cameron Britton que interpretou Ed Kemper. A semelhança física do ator com o cara na vida real foi impressionante, assim como seu jeito de atuar e trejeitos. Partes da fala do ator são as mesmas palavras do assassino na vida real e que podem até ser comparadas com uma entrevista que o mesmo forneceu. Cameron agradou tanto que até foi indicado ao Emmy como ator em participação especial, fez uma ponta rápida na segunda temporada e ainda agradou muito. Além de Ed Kemper, há outros assassinos citados durante os episódios, e a interação dos agentes como eles é tão boa que chega a ser prazeroso de analisar. As atuações não são deixadas de lado assim como as caracterizações, o que faz com que as coisas sejam muito especiais. A série sabe se desenvolver muito bem porque nota que seu conteúdo é bom e aguça a curiosidade das pessoas. É fascinante ouvir, mesmo que ficcionalmente as motivações de um assassino por trás de seus atos. De Ed Kemper, temos também Jerry Brudos,  Richard Speck,  BTK ( que aparece sempre nas introduções de episódios das 2 temporadas). 


Na primeira temporada os agentes parecem focados em fazer a unidade de ciencia comportamental acontecer dentro do FBI com a ajuda de uma especialista. Já na segunda temporada temos um enfoque maior na vida pessoal de Bill, que passa por um grande desafio com seu filho e de Holden que precisa se recuperar de um ataque de panico causado por uma proximidade com Ed Kemper. Na segunda temporada temos novos nomes aparecendo e o mais esperado era o de Charles Manson. A caracterização do ator impressiona muito por sua semelhança também no jeito de andar. de se expressar e de gesticular. Além de Charles Manson, também temos o Filho de Sam, e outros assassinos bem conhecidos nos Eua. O episódio com o Charles Manson é de longe meu favorito. A segunda temporada também foca no caso de Wayne Williams e o desaparecimento de meninos de Atlanta. A temporada acompanha os agentes tentando usar de seus estudos para localizar o assassino e evitar mais desaparecimentos. 


Mindhunter é SENSACIONAL. Eu não posso falar outra palavra que não seja essa. A qualidade das atuações, caracterizações, roteiro e desenvolvimento são muito altas que me deixava empolgada em assistir todos os episódios muito satisfeita. Uma série que sabe o que mostrar, que se desenvolve naturalmente conforme os episódios vão avançando, que não enrola e consegue entrelaçar os problemas pessoais dos personagens com os acontecimentos no trabalho. Mindhunter é aquela série obrigatória de ser assistida se voce curte séries policias, que envolvam crimes verídicos e suas motivações. Não se sabe muito sobre a terceira temporada. Primeiramente, a Netflix disse que ficaria na temporada 2 mesmo, mesmo a série tendo um gancho enorme no fim e ter várias pontas que poderiam e devem ser exploradas. Mesmo assim, ainda tenho esperança de que a Netflix produza mais uma temporada e nos dê mais um pouco disso. Lembrando que a série é baseada no trabalho do ex agente William Douglas, que entrevistou em sua vida real vários assassinos que o ajudou a criar perfis para identificar seriais killers especialmente Ted Bundy que eu queria muito ver sendo caracterizado por algum ator. Mindhunter é série obrigatória para ser assistida.





















Estados Unidos, 1977. Holden Ford (Jonathan Gross) e Bill Tench (Hold McCallany), dois agentes do FBI, possuem um plano ambicioso em mente: desenvolver a primeira pesquisa nos EUA sobre a mente dos assassinos. Para isso, eles precisam ganhar a confiança dos detentos e superar uma série de desafios.


Mesmo sendo um dos serial killers menos conhecidos da série, Pierce é um dos assassinos mais prolíficos do estado da Georgia, com 9 vítimas em menos de 1 ano. O criminoso tinha problemas intelectuais, e seu QI não chegava a 70. As vítimas de Pierce variavam em idade, dos 17 aos 60 anos, sete mulheres e dois homens. Pierce está vivo até hoje, cumprindo pena de prisão perpétua na Carolina do Sul. Ele aparece na segunda temporada da série.


Na série, Hance é caracterizado como um homem quase ingênuo, que desenvolveu um plano complicadíssimo e cheio de falhas para encobrir seus crimes. Ele era soldado e matou 4 mulheres em locais próximos à bases militares. Na vida real, Hance realmente mandou cartas para a polícia culpando um grupo fictício de homens brancos batizado de “Forças do Mal” por seus crimes. Hance acabou condenado pelo assassinato de 3 de suas 4 vítimas, e foi executado por cadeira elétrica em 1994.


Henley foi julgado e condenado pela morte de seis jovens, em 1974. Ele agiu em parceria com outro serial Killer, Dean Corll ( também conhecido como Candy Man ) juntos eles mataram cerca de 28 pessoas. Henley chegou, até mesmo, a matar seu companheiro de crimes, Corll, em 1978. Robert Aramayo, que interpreta Henley em Mindhunter, foi o jovem Ned Stark em Game of Thrones.


Bateson era especialista em radiologia, e fez uma pequena ponta na cena do hospital do filme O Exorcista. Em 1979, Bateson foi condenado pelo assassinato do jornalista Addison Verrill. Em uma decisão chocante, ele pegou apenas 20 anos de prisão pelo crime. O assassino também foi investigado por 6 mortes de homossexuais que aconteceram em Manhattan nos anos 70, mas devido à falta de evidências incriminatórias, nunca foi condenado pelos crimes. Ele foi libertado da prisão em 2003.


O misterioso personagem que apareceu diversas vezes durante a primeira temporada é Dennis Rader, o Estrangulador BTK, sigla é formada pelas iniciais das palavras “bind, torture, kill”, que em português significam “amarrar, torturar e matar”. Entre 1974 e 1991, matou ao menos dez mulheres na cidade de Wichita, no estado norte-americano do Kansas. As buscas por ele duraram décadas. Foi só em 2004 que uma equipe responsável por rever casos do passado conseguiu capturar o serial killer.


Há uma grande coincidência em Mindhunter e no novo filme de Quentin Tarantino, Era Uma Vez Em… Hollywood: Charles Manson é interpretado pelo mesmo ator, Damon Herriman, nas duas obras. Considerado um dos maiores serial killers da história, ele foi o mandatário do assassinato de sete pessoas em 1969 e por liderar a gangue que invadiu a casa do diretor de cinema Roman Polanski e assassinou brutalmente sua esposa, a atriz Sharon Tate, e outros quatro hóspedes. Manson queria dar início a uma guerra racial com seus crimes, e acreditava estar recebendo mensagens escondidas em músicas dos Beatles.


Citado na primeira temporada como “O Filho de Sam”, David Berkowitz volta para a segunda temporada de Mindhunter como um dos assassinos retratados que poderá ajudar os detetives da série a desvendar o caso dos assassinatos de crianças de Atlanta. Foi um ativo serial killer entre 1976 e 1977 em Nova Iorque e matou seis pessoas, ferindo outras sete. Seus alvos eram mulheres jovens. O homem disse às autoridades que havia cometido os crimes por influência de Sam, cachorro de seu vizinho, que o teria possuído durante os atos.


Ele é  o principal suspeito do assassinato das crianças de Atlanta. Creditado como um serial killer acusado de matar dois homens nos arredores de sua cidade natal, mas, além dos assassinatos de que foi acusado, acredita-se que ele é o autor de outras 23 mortes entre 1979 e 1981, sendo a figura central dos chamados Assassinatos de Crianças de Atlanta. Ele continua preso ao seguir com sua pena normalmente, mas, décadas depois, os assassinatos de crianças e adolescentes de Atlanta ainda não foram solucionados.




Embora a série entre em detalhes sobre as vítimas de Rissell, identificando a primeira como prostituta, não há tantas informações sobre ele no registro público, como é o caso de outros assassinos entrevistados. Segundo relatos do Washington Post, Rissell violou e matou cinco mulheres durante um período de nove meses no outono de 1976. Ele tinha 18 anos na época e já havia sido condenado por assalto e estupro uma vez antes dos 16. Rissell foi elegido para liberdade condicional em 1995, mas permanece preso no Centro Correcional do Estado de Pocahontas, em Virgínia. Ele tem 59 anos de idade.


Na vida real, ele foi um assassino apelidado de “Assassino da Luxúria” ou “Assassino do Fetiche em Sapatos”, na qual tinha um fetiche sexual por pés e pelos pertences de suas vítimas femininas. Eventualmente vestia as roupas de suas vítimas e se masturbava com elas. Foi preso em 1969 e confessou ter estrangulado e matado quatro jovens mulheres, mas os números de suas vítimas é maior. Ele morreu em 2006 de cancêr no fígado.


Speck já era alcoólatra aos 15 anos. Quando tinha 24 anos, em 1966, estava em Chicago à procura de trabalho, mas ficou bêbado e acabou em uma casa onde viviam 8 estudantes de enfermagem. Ele matou cada uma delas de forma sistemática. Existia uma nona mulher que se escondeu debaixo da cama e sobreviveu ao massacre. Na série, Speck alega na entrevista que matou as mulheres porque “simplesmente não era a noite delas”. A tatuagem “born to raise hell” que aparece em Mindhunter também é real e foi uma das formas que serviram para que Speck fosse identificado . Ele morreu em 1991 de ataque cardíaco.


Aparecendo no primeiro episódio da série, Kemper era conhecido como o “Co-Ed Killer” (algo como “assassino de colegiais”). O nome veio por ter sequestrado seis estudantes, as decapitado e então feito sexo tanto com seus corpos quanto suas cabeças. Ele só foi preso em 1973 por ter confessado que matou a própria mãe e uma amiga dela.


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