Minha mente viaja o tempo todo. Com coisas diferentes. Em intensidades diferentes. De forma diferentes. É tudo tão bagunçado que as vezes penso que estou ficando tonta. Tantas coisas que quero fazer. Imaginando coisas pro futuro. Lembrando de coisas do passado. Refletindo sobre o presente. O tempo passa cada vez mais rápido e minha batalha é contra o medo que tento dominar. Medo de olhar pra trás e perceber que perdi tempo demais. Tempo esse em que eu poderia ter feito mais. Realizado mais. Sonhado mais. Porque eu sou assim. O mais. O que sobra. O que transborda. Quero mais e mais. Quero excesso e ao mesmo tempo não quero me sentir sufocada. Quero ficar sem respirar e também quero espaço pra respirar. Aqui não tem alguém raso. Alguém de menos. Alguém que não se importa. Aqui tem alguém que ainda acredita fervorosamente que as coisas podem ser sim diferentes. Sem saber exatamente como.
Já ouvi tantas vezes que os sentimentos se resumem a atração física e relações casuais que quase acreditei completamente nisso. Noite passada isso me tocou de uma maneira tão forte que quando me dei conta estava derramando lágrimas no travesseiro. Não podia ser isso. Eu não queria acreditar, não podia. Depois de todos os livros que li, os filmes que assisti e os sentimentos que absorvo nas músicas ou em situações ao meu redor não posso crer que seja somente isso. Tem que ser mais que isso. Ainda tenho que crer que há pessoas que se importam. Que ainda sentem o mesmo, que ainda querem algo de verdade. Não pode ser só eu. Segurei o choro e me dei conta de que talvez eu só estivesse sendo boba. Por que pensar nisso agora? Não posso me desesperar. E não posso deixar de crer naquilo que acredito desde que me lembro quem eu sou de verdade. Certas experiências na sua vida realmente levam as melhores coisas de você e isso foi o que restou pra mim. Tive que consertar minhas próprias sobras, engolir o choro e achar um jeito de sorrir. Eu ainda não encontrei meu lugar. Ainda não me encaixei e não me sinto parte de algo. Ainda me sinto estranha e completamente deslocada com relação as pessoas ao meu redor. Quero que isso tudo pare.
Só tenho as palavras que escrevo como amigas, amigas que me ajudam a descrever o que realmente estou sentindo sem precisar fazer com que outra pessoa entenda o que realmente acontece aqui dentro. Acho que só estou me dando pequenos motivos. Pequenos fiapos de esperança para me alimentar e crer que existe algo maior. Que os sentimentos ainda estão vivos, que o amor, a paixão e todos aquelas bobices que nos falam ainda estão acontecendo. Acredito que eu só quero sentir. De qualquer forma seja. Ainda estou procurando alguém que sinta como eu, que enxergue como eu e que seja a base que me sustenta quando as coisas estão prestes a cair. É nisso que tenho que acreditar. É nisso que eu preciso acreditar. Que ainda há alguém no mundo disposto. Disposto a sentir. Disposto a tentar. Disposto a amar.
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