Filme: Eu, Tonya
Título Original: I, Tonya
Lançamento: Fevereiro de 2018
Gênero: Drama, Biografia, Comédia
Duração: 2 horas de filme
Distribuidor: California Filmes
Nota: 5 de 5
Em exibição nos cinemas
Esse é um daqueles filmes que você não sabe bem o que esperar e BAM! ele supera todas as suas expectativas. Não sei bem o que esperava antes de assisti-lo, mas Eu, Tonya definitivamente me conquistou. Baseado em uma história real, o longa conta a história da ex-patinadora Tonya Harding que foi a primeira patinadora da história dos EUA a dar um triple Axel em competições. O filme acompanha a infância, a relação complicada com a mãe, um relacionamento abusivo com o marido até o incidente dos Jogos Olímpicos de 1994 em que a mesma foi acusada de sabotar uma competidora. Ela acaba sendo afastada da patinação e esse longa retrata sua história baseada em entrevistas e depoimentos reais de todas as pessoas envolvidas na história. Eu senti um misto de sensações com esse filme. Senti alegria, emoção, raiva e até compaixão.
É muito louco o que um longa bem dirigido pode fazer com você. Eu, particularmente sempre gostei de assistir filmes com algum esporte envolvido seja : patinação, ginástica ou qualuer outra coisa e esse aqui foi a combinação perfeita de patinação com drama e um desenvolvimento bacana na forma de documentário como se os personagens estivessem relembrando os momentos. Temos também cenas de os mesmos falando com a câmera nos momentos dos acontecimentos o que tornou algumas cenas particularmente cômicas e ainda mais interessante. O primeiro destaque vai para Alisson Janney que interpreta Lavona Golden, a mãe de Tonya. Ela simplesmente exibe a essência dura,egoísta, irônica e sem afeto pela filha em todo o longa. Você simplesmente sente que a vida de Tonya foi uma sequência de erros ladeira a baixo. A garota tinha talento desde 0s 4 anos de idade, com uma mãe que mal a apoiava e cobrava dela algo o tempo todo, além de agressões e outras coisas. A menina cresceu treinando, foi abandonada pelo pai e não teve o apoio de ninguém. Ai quando é adolescente a mesma conhece um cara que deveria ser seu apoio, mas acaba se tornando um pesadelo em sua vida porque é até tão ruim ou pior que sua mãe. O cara bate várias e várias vezes nela, usa do abuso psicológico para mante-la com ele e consegue isso durante um bom tempo, o suficiente para acabar com a carreira de uma garota que tinha TUDO pra ser um marco na história da patinação. A vida de Tonya Harding foi dura e uma sucessão de erros com uma mãe egoísta, um pai que a abandonou, um marido abusivo e a necessidade dela de querer ser amada aceitando qualquer coisa e muito menos do que merecia. Fiquei pensando o tempo todo se Tonya tivesse resistido e se mantido longe do marido se as coisas não podiam ter tomado outra forma. Fiquei torcendo por ela em muitos momentos, apesar de ela muitas vezes ser rude e mal educada, a garota só queria amor e mostra o que sabia fazer: Patinar. Margot Robbie, aliás que está no papel de Tonya está incrível. É difícil olhar pra ela nesse longa e lembrar de Arlequina de Esquadrão Suicida. Esse filme foi perfeito para mostrar o quanto de talento a atriz tem. As cenas de patinação com os movimentos também são incríveis e com certeza vão te deixar de boca aberta.
Senti compaixão por Tonya desde o começo, queria em certos momentos ajuda-la, faze-la ver o caminho que estava entrando sabe? Até o incidente com uma competidora e por desespero de um marido abusivo sua carreira acaba completamente prejudicada. E ai que você realmente pensa nos valores, nas necessidades humanas, nas vidas de cada um e como nossos pais e as pessoas que relacionamos nos afetam diretamente. Se ela tivesse sido incentivada poderia ter sido uma patinadora marcante na história dos EUA. É uma história pra se identificar, já que ela brilhantemente explora os valores, a educação, a influência da família na vida e nos deixa um reflexo sobre a carreira de uma garota que tinha tudo pra ser uma estrela brilhante e acabou sendo prejudicada. O filme levanta várias questões e te faz querer ficar do lado de Tonya porque é duro saber por tudo que ela passou tendo tanto talento. Margot Robbie passa essa sensação de identificação e eu não posso ficar mais do que feliz pela escolha dela para o papel já que ela soube dosar o suficiente sobre a raiva da personagem, a necessidade de ela se sentir amada e de sua vontade de patinar. Recomendo fortemente. Não tenho críticas pra fazer apenas aplaudir.
Desde muito pequena exibindo talento para patinação artística no gelo, Tonya Harding (Margot Robbie) cresce se destacando no esporte e aguentando maus-tratos e humilhações por parte da agressiva mãe (Allison Janney). Entre altos e baixos na carreira e idas e vindas num relacionamento abusivo com Jeff Gillooly (Sebastian Stan), a atleta acaba envolvida num plano bizarro durante a preparação para os Jogos Olímpicos de Inverno de 1994. Baseado em fatos reais.
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