Filme: Extraordinário
Título Original:Wonder
Lançamento: Dezembro de 2017
Duração: 1 hora e 51 minutos
Gênero: Drama, Família
Distribuidora: Paris Filmes
Nota: 4 de 5
Se você é uma daquelas pessoas que acompanha minhas resenhas de filmes deve saber que em questões de adaptações de livros para cinema, na maioria das vezes eu sempre vejo a adaptação primeiro, e ai o livro em questão eu não tenho e fico morrendo de vontade de ler logo depois. É bem isso que aconteceu com este filme. Muito se falou do livro de Extraordinário desde seu lançamento e mesmo assim euzinha aqui coloquei outros títulos na frente e ficou por isso mesmo. Quando o trailer foi solto, a comoção foi grande e muitas pessoas recomeçaram a falar no mesmo. Pensei comigo" então eu realmente preciso muito assistir esse filme"e lá fui eu. Lágrimas correram muito, então antes de contar minha experiência e minha opinião, vamos falar do enredo. Auggie Pullman é um garotinho de 10 anos como outro qualquer, mas com um aspecto especial: uma deformação facial genética. Sua vida foi resumida em cirurgias plásticas para correção e desde sempre ele foi educado em casa pela mãe. Agora, a mesma acredita que o garoto deve seguir uma vida normal, e o matricula em uma escola regular. Auggie precisa enfrentar os desafios de estar em um novo ambiente, ser avaliado, observado e tratado como diferente por todos a sua volta.
O filme tem uma SENSIBILIDADE INCRÍVEL com os assuntos que aborda. Ele te faz rir? Check. Ele te faz chorar? Check. Ele te faz sorrir? Check. Ele te faz sentir o coração cheio de calor e carinho? Check. Isto são fatos. Li algumas críticas do filme antes de vir falar do mesmo e elas foram bem mistas. Algumas disseram que o filme faltou se aprofundar. Outras que ficou bem infantil. Mas nada que não reconhecesse que o filme realmente é bom. Eu fiquei impressionada com o jeito que o mesmo foi conduzido. Depois acabei sabendo que o diretor do filme foi o Stephen Chbosky ( mesmo diretor de As vantagens de ser invisível) e ai todos os trejeitos desse filme foram explicados. O diretor soube levantar o assunto de ser diferente, aceitação, bullying, olhares sobre os outros e o impacto da família de Auggie de uma forma extremamente inteligente. Esse filme poderia ser mais um daqueles que o garoto novo entra na escola e sofre bullying cheio de clichês, e ele nem precisaria ter uma deformidade física pra isso, mas o diretor opta por explorar outras vertentes na visão da irmã de Auggie, que sempre se sentiu de lado e sem atenção por conta do irmão que passa por vários problemas e dificuldades constantes. Como também a visão de uma amiga da irmã de Auggie, que mudou de repente e deixou de ser amiga dela. A mensagem foi sutil, mas bem clara. As vezes fazemos uma imagem de uma pessoa, e olhando de uma certa forma parece que já temos uma explicação, mas na verdade há muito mais por trás disso. Nesse momento achei que a história se voltaria pra outra direção, mas fui surpreendida quando o diretor quis explicar o lado dessa personagem também e mostrar que não é bem assim na questão de quando pensamos sobre a vida do outro.
Outros pontos interessantes foram o amadurecimento de Auggie ao perceber que ele não era o único com problemas na vida, e que outras pessoas também podem ter dificuldades e tem que lidar com elas. As atuações são excelentes. Julia Roberts se encaixa muito bem no papel. Owen Wilson dá o lado cômico que amamos e alivia certos momentos. Jacob Tremblay é incrível. O garoto sabe expressar as emoções corretas mesmo tendo em falta emoções visíveis no rosto deformado. Ele consegue mudar de postura rapidamente sendo a escolha perfeita para a interpretação de Auggie. Extraordinário vai muito além de diferenças e bullying. Ele fala de família, gentileza e até coloca alguns pontos clichês, mas são pontos essenciais para quem está assistindo. Dá pra refletir, chora, se emocionar, rir e ter a certeza de que se fez uma ótima escolha assistindo esse filme. Recomendo de olhos fechados. Muito bom.
Auggie Pullman (Jacob Tremblay) é um garoto que nasceu com uma deformação facial, o que fez com que passasse por 27 cirurgias plásticas. Aos 10 anos, ele pela primeira vez frequentará uma escola regular, como qualquer outra criança. Lá, precisa lidar com a sensação constante de ser sempre observado e avaliado por todos à sua volta
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