Resenha de Livro: As Luzes mais Brilhantes

Livro: As Luzes Mais Brilhantes
Autor: Augusto Alvarenga
Ano: 2017
Páginas: 205
Editora: Astral Cultural
Nota: 3 de 5

Esse é o meu primeiro contato com a escrita e as histórias de Augusto Alvarenga, um jovem escritor que já lançou alguns livros antes desse com a Astral Cultural. Pra quem não se lembra, o blog tornou-se parceiro da editora e quando as parcerias abriram queria muito solicitar esse livro para leitura, primeiro por curiosidade pela escrita do autor e depois pela história em si. Fiquei feliz por a editora aceitar e conseguir me enviar um exemplar de cortesia. Antes do falar do livro, como sempre vamos fazer um breve resumo da história. O livro gira em torno de dois personagens: Julien e Bruna. O encontro dos dois acontece de uma forma inesperada em um trombo de bicicleta no meio da Paulista. Depois disso, os dois acabam começando um contato inicial e se tornando mais do que amigos. O relacionamento dos dois vai evoluindo conforme alguns obstáculos vão sendo colocados e Julien entende que terá que se abrir completamente para a garota para que os dois funcionem juntos. Só que ao se abrir para ela, a vulnerabilidade fala mais alto e os problemas e inseguranças que teve no passado e ainda o atormentam podem ficar cada vez mais fortes. 

O livro é definitivamente rápido. Dividido em 05 partes iniciadas por aluma letra de música, os capítulos são alternados na visão de Bruna e Julien. Eu não consegui ter uma opinião certa sobre esse livro. Fiquei com uma sensação de que faltou algo na história sabe? O autor deixa a escrita de uma forma bem simples, sendo assim não há muita descrição de detalhes ou enrolação e esse foi um dos pontos que mais gostei porque histórias objetivas e sem excesso funcionam muito bem. Porém, por outro lado quando a atmosfera da história exige que você dê uma profundidade ao assunto e a alguns momentos e isso não acontece ai tudo passa superficialmente. Foi isso que aconteceu com essa história.O autor tinha bons elementos ali, tópicos interessantes a serem trabalhados como : depressão, síndrome do pânico e problemas familiares. Ele poderia ter ser aprofundado e pegado alguns elementos desses assuntos para criar uma conexão mais profunda com o leitor, porém optou por deixar o drama de lado passando objetivamente por esse assunto e fazendo assim com que a história ficasse boa mas não tão marcante quanto deveria.

 Eu não consegui me conectar com o drama de Julien apesar de ter tentado muito. Talvez por a narrativa ser direta ao ponto e bem rápida algumas coisas foram deixadas de serem trabalhadas deixando a conexão que esse personagem e esse assunto precisavam de lado. Bruna pra mim foi uma personagem sólida, que até trouxe um contraste interessante para o mesmo mas que não funcionou como deveria pois faltava alguma coisa. Não senti uma conexão com o casal, nem com o drama inserido. A história apenas passou por meus olhos e foi isso. Uma escrita bacana, rápida e bem direta mas que necessitava de aprofundamentos e talvez um pouco mais de atenção em alguns pontos. As luzes mais brilhantes é um romance leve e bacana que dosa drama e sentimentos de uma forma rápida. Poderia ter sido um romance mais profundo e marcante mas optou por ser um romance bacana sem pontos muitos altos com assuntos bacanas de serem tratados.Talvez a ideia inicial do autor tenha sido exatamente uma história assim, que falasse de um assunto sério mas sem muito drama, mas como a história foi desenvolvida a necessidade do aprofundamento em certas situações foi evidente o que me frustrou um pouco porque esperava muito mais da história. Uma boa leitura pra quem quer algo leve sem muitas complicações. 




 Julién passou por uma fase terrível e seu coração ainda está despedaçado. Agora, ele decidiu viver um dia após o outro, tentando compreender as particularidades dessa cidade enorme que é São Paulo, onde ele vive, mas se sente sozinho. Porém, um dia, quando cruza a Avenida Paulista de bicicleta, ele tromba com Bruna, a aprendiz de cineasta mais diferente que já viu. Por causa desse momento tão inesperado - e quase trágico -, eles decidem tomar um café. E, depois desse café, nada mais foi como antes. Talvez algo possa surgir entre as luzes mais brilhantes da Paulista e repetidos cafés no Starbucks. Talvez eles – e os leitores – possam descobrir se e existe ou não amor em SP.


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