Esse pode ser o texto mais sincero de todos. Já perdi as contas de quantas vezes escrevi algumas palavras com lágrimas nos olhos, coração doendo. Quando falo de dor, não falo de dor física. Dor física por pior que seja, uma hora passa, cura e depois você mal se lembra que machucou ali. Já dor de coração, essa sim é cruel. Ela nunca passa realmente, ela sempre volta. Ela te traz insegurança, ela te traz medo e te faz não pensar no que está fazendo. Enquanto minhas lágrimas caem, tento fechar os olhos e desejar que alguém pudesse arrancar meu coração. Igualzinho a um seriado que eu vi. Mas, espere. Não me leve a mal. Só que sentir isso é doloroso demais, talvez fosse melhor não sentir? Não ter expectativas, não esperar. Estou em um tipo de luta diária comigo mesma, e ela não acaba. Sempre me cobrando, sempre tentando ser melhor mas nunca conseguindo.
Eu não quis admitir aquilo que talvez sempre estivesse na minha frente. De que tenho medo de ficar sozinha. Sim, eu tenho medo. Medo de encarar meu sentimentos, medo de enfrentar tudo sozinha, medo de fracassar e de apontarem meus erros. Isso é errado? Eu me prendi a você por algum motivo que eu ainda desconheço. Achei que você me daria algo com o qual eu poderia lidar. Mas eu não posso, não consigo. Eu queria ser melhor, mas não sou boa o suficiente. Talvez minha ficha não tivesse caído antes de tudo ter acontecido como aconteceu hoje. Sei, eu sabia no que estava me metendo mas isso não me impediu de sonhar que as coisas poderiam ser diferentes. A idéia que eu fiz de você me fez acreditar que nos poderíamos ter algo especial, que era algo único entre nós. Era mútuo, era verdadeiro?
Quando não falo com você, volto todas as mensagens do meu celular e releio todas as palavras que me disse, e isso me faz duvidar se talvez eu não esteja sendo boba. Será que eu errei? Por ter ido atrás de você? Me pego ouvindo os áudios que me mandou, várias e várias vezes seguidas só pra ouvir sua voz e pra ela me confortar de alguma forma. Eu sou tão estúpida, tão boba. Tenho raiva de mim mesma. Eu me abri e me tornei completamente suscetível a você quando te enviei aquele texto. Quando disse tudo que sentia, do meu jeito. Fica calmo, não estou apaixonada. Você mesmo disse que isso poderia estragar o que temos, Isso que eu não sei nomear, isso que eu quero ao mesmo tempo deixar e não deixar. Estava decidida há algumas horas atrás que eu teria que colocar um ponto final nisso. Mas que paira no ar é se é o meu carinho falando ou o medo falando? Te dei uma segunda chance, dei uma segunda chance pra isso. Devo me esquecer de que você nem sequer olhou pra trás enquanto eu chorava por dias tentando entender porque você se foi? Quando olho pra trás, tudo que posso concluir é que palavras não valem nada se as ações não condizem com as mesmas. Talvez eu mereça mais, talvez eu queira mais só não tenha coragem de me convencer e dizer isso pra mim mesma. Talvez seja só o medo
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